Até onde pode ir o controle das empresas, até o banheiro? Ou seria melhor aumentar a produtividade com Terry Tate?

O controle dos trabalhadores em nome da produtividade tem gerado situações embaraçosas.

Na Noruega, uma pesquisa feita por um sindicato do setor industrial mostrou que três em cada quatro gestores violam a lei aos instituir medidas de monitoramento dos empregados.

Por exemplo uma empresa que estipulou que todas as funcionárias devem usar uma pulseira vermelha durante o período menstrual. A justificativa é o controle das idas ao banheiro, que, nessa época, se tornam mais freqüentes.

Segundo o sindicato, 66% dos gestores estipularam que os empregados devem pedir um cartão eletrônico para ter acesso aos banheiros. Dois terços das empresas instalaram câmeras de vigilância nesses locais, enquanto que outras optaram por colocar “livros de visita”, para serem assinados pelos funcionários em cada pausa.

Tudo isso para verificar se as pessoas estão se ausentando do trabalho além do desejável.

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Além de exporem os funcionários a situações constrangedoras, tais regras fora do comum, no entanto, violam a legislação do país, que determina que as empresas devem deixar claro o propósito do controle, quais as conseqüências dele e por quanto tempo isso irá durar. No entanto, o relatório mostra que apenas 26% dos entrevistados conhece os propósitos da companhia com tais medidas.

Mas e no Brasil como está isso?

No Brasil existem empresas que adotam esta prática e não permitem que o funcionário vá ao toalete quantas vezes for necessário. O tema é alvo de denúncias e ações na Justiça do Trabalho. Recentemente, uma ex-funcionária de uma empresa de telemarketing de Goiás conseguiu no Tribunal Superior do Trabalho uma indenização de R$ 10 mil por danos morais. Ela alegou que o controle de idas ao banheiro - uma vez ao dia, por cinco minutos - se tornou algo constrangedor.

"Esta situação é mais comum do que se imagina", relata a advogada e consultora jurídica da área trabalhista do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), Larissa Calegario Maciel.

Também existem denúncias nas fábricas com linha de produção e empresas com esquema check-out, como caixas de supermercado. "Normalmente a empresa alega que o posto não pode ficar sem ninguém ou que atrapalha a rede de produção. Mas o trabalhador tem direito de ir ao banheiro quantas vezes ele necessitar", afirma a procuradora do Ministério Público do Trabalho no Paraná, Eliane Lucina.

Existem ainda outras restrições impostas ao empregado estão relacionadas ao fumo, ao uso da internet e à movimentação livre no ambiente de trabalho. Colombo Filho cita o exemplo do Orkut, cuja página pode ser bloqueada pelo empregador. "Esta atuação da empresa é lícita, assim como permitir apenas o acesso ao e-mail corporativo.

Segundo a procuradora Eliane Lucina, já há denúncias de restrição após a implantação da lei antifumo, que proibiu os fumódromos. Os funcionários fumantes param diversas vezes e deixam o local de trabalho para fumar em um local aberto. "Também não pode haver abuso por parte do trabalhador. Tem que existir bom senso dos dois lados", avalia.

Mas ao invés de todo este controle não seria melhor aumentar a produtividade de todos os funcionários? Mas como fazer isso?

A solução é pensar fora da caixa, como a Felcher & Sons que chamou o Terry Tate, nos vídeos abaixo.

Este post é uma adaptação da Info Exame e do Paraná Online.

Um abraço para todos.

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